A mostra reúne uma seleção de 30 fotos de mulheres retratadas por Giancarlo desde 1987 a 2003, 16 anos de carreira como fotógrafo e diretor de arte em Milão, na Itália. São fotografias concebidas para editoriais, capas de revistas, entre elas, Strategia - Revista de Comunicação e Marketing, para L’Europeo, L'Espresso, Panorama (estes três últimos, eram importantes publicações semanais de opinião da Itália. Cada fotografia foi realizada a partir de pautas que a redação passava. Um exemplo como da mulher “Tio San”. A imagem foi produzida e publicada como capa com o título: “Quem tem medo da América”.

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Giancarlo Mecarelli, estava em Paraty há pouco mais de oito meses, mas já mostrou a que veio; inaugurou no Centro Histórico a galeria de fotografia, inaugurando com uma mostra com 30 capas da revista ZOOM feitas por fotógrafos de renome internacional e, e durante a 3º Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP), homenageou a cultura paratiense com a 2ª exposição de fotos feitas por ele do tradicional “Bloco da Lama”, que naquele ano comemorava 20 anos da sua criação.

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​Ter tido a ousadia de abrir uma galeria de fotografia bem no Centro Histórico, naquele 2005 para acrescentar ao movimento cultural da cidade, mas, tinha também a ideia de realizar o “Paraty em Foco - Festival Internacional de Fotografia, que neste ano comemorou 20 anos.

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Esta 3ª mostra, leva o sugestivo título, “LA DONNA È MOBILE, uma referência às possibilidades de mutação da mulher e nelas pode ver a capacidade criativa do artista, que, corajoso, mostra a figura feminina, ora como alerta contra o perigo para o mundo do poder exacerbado do império de Buch na época, ora como ilustração contra o racismo. Giancarlo polemiza ao fotografar uma mulher com uma lagosta na boca, provocando os conservadores que veem no crustáceo um símbolo fálico, ao mesmo tempo, em que transforma uma mulher numa projetora cinematográfica, enrolada em filmes, consegue fazer essa mulher parecer, mais do que nunca, numa top modelo exótica e sensual. Para vender melancia, Giancarlo é capaz de fotografar a fruta num ponto estratégico do corpo feminino sem chorar.Antes dos cliques, planejamento, estudo e desenhos. Depois uma produção bem cuidada, uma excelente luz, uma boa maquiagem, mas, sobretudo, nas sempre tem um tema, um assunto abordado, algo para ser ver, pensar e discutir. Se “La Donna è Mobile”, Giancarlo consegue ser mais mutante do que ela. Que bom ter Giancarlo por aqui.

​Este texto foi redigido na ocasião pelo saudoso amigo Themilton Tavares.

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